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domingo, 1 de julho de 2012

FILHO meu






FILHO MEU, esta saudade tão incontida
Me dói a alma e entristece meu coração.
Não estares sob os meus olhos e ternos
Cuidados, carinhos, me angustia a alma
Pois sei que a luta árdua, sofrida, pode
Adoecer o espírito e trazer dor, aflição!

Meus pensamentos em oração, à seguir
Sempre contigo, te buscam pelas terras
Longínquas e rogo à Deus em oração, a
Proteção, Luz, Paz, Saúde e Amor, para
Nossa família. Felicidades à nossa Terra,
Para tí, netos, e ao teu bondoso irmão!..

Lembranças antigas gravadas no tempo
Que trouxe chuvas, ventos, sol, noites e
Meses sob as brisas marinhas, trazem a
Marca das Estações. Falam de mistérios
Insondáveis a tecer a dor à minha, à tua
Vida, sempre tão ausente em meu viver!

O meu conforto é a nossa Fé no Deus
Que é PAI e tudo vê e provê em tempo
Certo. Esse " tempo " que não é o meu,
Um " tempo " que não é o teu. Mas, que
É o Tempo programado nos céus. E que
Vêm das mãos do nosso Divino Deus!...

Que os Céus te cubram com as Bênçãos
Maravilhosas vindas dos Céus, filho meu!
E a todos a quem amas e zelam por ti, eu
Entrego à proteção das forças celestes, e
Luz dos anjos, guias, mestres, vindas das
Meigas mãos do nosso Senhor e DEUS!




Roseleide Santana de Farias
-20/09/2010-

sábado, 30 de junho de 2012

Na sombra da noite





Oh!...Senhor, guia-me os passos, o meu coração

Sede a luz que busco neste meu longo caminhar.
Nesta tênue luz que vislumbro no fim deste túnel
É aonde irei, meu Deus, finalmente te encontrar.

Nesta tristeza, Pai, que humanamente me acomete
Eu rogo-te, ela não possa destruir-me, sufocar-me
Ajuda-me, Senhor Deus, que não perca a minha fé
A bondade, misericórdia, no coração amargurado.

A melancolia faz doer meu peito e tem sabor de fel
Quando antes, tudo ilusão, mas tinha sabor de mel
Passa o tempo, brisa, sol, chuva e ventos no açoite,
Se confundem com saudades nas sombras da noite.

Misericórdia Senhor, rogo-te por nós, os filhos teus,
Pois hoje ao vislumbrar o mundo de forma tão cruel,
Teus filhos loucos, desvairados, vagando perdidos, 
Sem lenitivo e amor, desorientados, sofridos ao léu!

Piedade para as almas atormentadas que aqui estão,
Assustados, violentados, oprimidos nas forças do mal.
Traz até nós teus santos bálsamos perfumados, unção.
Oásis do deserto, cuidai de nossas chagas, desolação!

Meu úmido olhar perde-se no infinito, e como um véu,
Tenta ver, ouvir anjos, música celeste vindos dos céus 
Estou com a minha alma triste, meu coração cansado.
A solidão é eterna companheira, sempre ao meu lado!

Roseleide Santana de Farias

Neste vinte de junho do ano de 2012,



Chegastes de uma forma inesperada.
A águia que voou internacionalmente,
Em meu coração vem fazer seu ninho, 
Pousando de mansinho sem fazer alarde

Depois das chuvas, o sol vem lançar seus raios 
A me aquecer com a sua luz e a espraiar magia.
Vejo as estrelas, luzes, cores, pássaros cantores,
Murmúrio do vento, bem-te-vis, canários e sabiás
Gaivotas com o coração em festa sobrevoam o mar.

O deserto desta vida, deixa a alma sedenta, sofrida.
No oásis buscamos matar a sede, solidão, saudades.
Sonhos, quimeras, são energias como as primaveras
Que chegam com o frescor das manhãs e nos invade
Ondas de amor, brisa marinha, ternura, carinho, luar.
Roseleide Santana de Farias
-21/06/2012-

CONTEMPLAÇÃO


O meu céu está nublado, cor de chumbo
E o sol antes brilhante, se foi tão fugidio
Vejo as nuvens fechadas, nimbos no ar,
Grandes promessas de chuvas a caírem

Sob o céu as nuvens passam tão ligeiras
Levadas pelos fortes ventos como açoite
Para mitigar a sede daqueles que sofrem
Rogo-lhes vão aos sertões, mais ao norte

As palmas dos coqueirais e as plantações
Gente, animais, são todos nossos irmãos,
Que agradecem refrescados pelos ventos
E mansas ou fortes chuvas quando caem

As nuvens, os ventos e as chuvas, descem
E elas em festas, caem como densos véus.
Me encantam, me assustam, sons, trovões
Os relâmpagos clareiam as águas dos céus

Enternecem-me os vermelhos telhados, que
Abrigam almas, famílias, crianças e sonhos
Procuram o conforto, a segurança dos lares
Fugindo ao frio, o medo e o cruel abandono

O sibilar dos ventos balançando as árvores,
Os meus cabelos, jardins, quintais, pomares
Os belos coqueiros, as árvores, minha terra
Banhados pelas chuvas, os rios e os mares.

Os passarinhos se aconchegando nos ninhos
Raros são os seus voos ou o seu belo cantar
Nos sertões, seres viventes rogam por chuva
E os benefícios, as bênçãos que a chuva traz

Seria o fim da dor, da fome, seca, desolação
Se alguns sofrem por ter chuvas em demasia
Ao sertanejo sofrido, é vida plena, renovação
Para o camponês é fartura, satisfação, alegria

.

Roseleide S. de Farias

FRANCISCA, eis o teu nome, minha veneranda mãe!
Reflete-se em minha mente o teu meigo e belo rosto
Anima-me a doce esperança de encontrar-te um dia
Neste universo, na longínqua ou próxima paragem.
Cisma-me aquela bela, cintilante estrela distante, eu
Introspectiva, fico a meditar nas emoções perdidas,
Sofrendo a saudade que me dói no peito, ausente do
Cálido coração que tanto alento me dava nesta vida.
Assim eras tu minha mãe, tão alegre e extrovertida!

Sempre transmitias esperanças, tão sábia, querida, tu
Animavas á todos, e enérgica dizias “não” á covardia.
Nada te amedrontava, eras de fé e talvez escondesses
Temores, doenças, sofrimentos a acometer-te um dia.
Altaneira, corajosa, boa nordestina tal qual o meu pai,
Nascidos na linda Alagoa Grande, no brejo da Paraíba
A tua alma, o coração, tuas lembranças, me confiavas.

Desalentos, cansaços, temores, também tuas saudades
Envolvidos no tempo, na velhice que sutis te chegavam

Fugidios, amorosos, ternos, foram nossos momentos, e
Assim unidas nós ficamos até o fim desta jornada, mãe.
Ríamos, cantávamos, ao som e os acordes do teu violão
Inquieto, sonoro, que nos enternecia nas tuas bondosas,
Amáveis mãos. Dizias agradecer porque Deus, o Nosso 
Senhor, filhos teus não te levara. Isto seria a grande dor
(no teu CORAÇÃO DE MÃE.


Roseleide Santana de Farias
- 11/05/2012 -

" Primeiros versos ao meu amor "


Amo-te como a brisa mansa e suave que encrespa as ondas do mar.
Amo-te como o vento que acaricia os coqueiros, que os faz balançar
Amo-te como a voz materna que embala um filho na canção de ninar
Amo-te tal qual as chuvas caídas vindas do céu para á terra vivificar

Amo-te como o vento apaixonado que te busca por terras distantes.
Amo-te como o oásis, o deserto ardente, incandescente á te abraçar
Amo-te com a luz diáfana do azul do céu, das estrelas, o mar, o luar.
Amo-te meu amor, com anseios d´alma que muito te quer encontrar.

Amo-te como as pequeninas gotas de orvalho, amantes sobre a flor.
Amo-te como um entardecer sereno, nostálgico, carente deste amor
Amo-te, busco-te, como a ave solitária procura aconchego no ninho.
Amo-te como a aurora que resplandece em luzes, beleza, cor e calor.

Amo-te com estas emoções antigas, esperanças do hoje e do amanhã
Amo-te com afagos das almas amorosas, apaixonadas, ternas e irmãs.
Amo-te, chamo-te, sinto-te, nos momentos presentes desta minha vida.
Amo-te, quero-te, anseio-te na paixão destes versos, meu doce amor! 



Roseleide Farias- 17/04/2012

Aos anencefálicos




























Ah... Pobre de mim, ser tão pequenino, indefeso e frágil!
O céu enviou-me á terra, em curta peregrinação no meu viver
Só o doce ventre materno, me dá conforto, alento e prazer.

Aos humanos, têm sido dada a inteligência e as opiniões
Neste meu percurso tão curto, breve, sofrido e solitário.
Eis o meu espírito submetido às decisões das leis, as quais
Nem sempre correspondem á ética, designações vindas
Conforme a vontade do Criador e os mistérios dos Céus.
Eis que a sublime fonte gestora da vida me acalenta e
Faz de mim, o filho sofrido; o amado e esperado, no meu
Angustiado viver. Mãe... O amor nos redime, aprimora, e
Liberta-nos dos compromissos passados! A suprema, boa,

Infinita misericórdia de Deus, nos dá as oportunidades de
Conviver emoções edificantes, alegrias, risos, lágrimas, dor,
( VIVER.)

O sentimento piedoso, flor perfumada que desabrocha nos
Sedentos corações ao dever cumprido até o final do nosso

Infinita misericórdia de Deus, nos dá as oportunidades de
Conviver emoções edificantes, alegrias, risos, lágrimas, dor,
( VIVER.)



Roseleide S. de Farias


-27/04/2012-






Obs. Eis a minha humilde contribuição para a CAPPAZ (Confraria de Artistas e Poetas pela Paz). Um importante site, instituição, para atividades de conscientização humanitárias através da poesia e outras artes.

Textos poéticos dedicados aos animais:



Acróstico- À minha “ESTRELA” e outras mais

As tuas patinhas mimosas me buscam, amor, quando tu
Ostentas grande alegria ao ver-me. Meu coração exulta,
Sua alegria me encanta, e de ti não posso esquecer-me! 

Ao aproximar-me te afago, e me abraças com o teu carinho.
Nestes pelos macios me perco, minhas inquietações se vão!
Insistes aos meus afagos, me buscas ansiosa querendo colo
Meus pensamentos se perdem, vejo este teu olhar amoroso.
Ao tempo que nos é dado e aos outros que já se foram, que
Impregnaram-me de carinhos, paz: minha profunda gratidão!
Seus olhares de luz, ternura especial, apaziguam meu coração


À “Estrela” e “ Yasmim”

Há meninas, vocês são tão belas, por que brigam tanto assim?
Estes ciúmes me matam, me irritam, e afastam vocês de mim.
Porque se atacar em vez de brincar, se eu amo vocês demais!
Vocês têm o meu carinho, amor, afeto; isto não lhes satisfaz?

Ah!... Minha Estrela, és tão branca, tão bela, parece algodão!
Ficou você de uma única ninhada, és especial ao meu coração
Te amo muito, menina!... Não precisas ser tão agressiva assim.
Isto não me satisfaz, preocupa-me, mas não me esqueço de ti!

Os animais são como as flores, enfeitam, alegram o nosso viver
São amorosos, amigos e ternos companheiros; é preciso dizer!
Na caminhada terrena, durante a lida, suavizam o nosso sofrer.
Meus queridos, obrigada, eu nunca vou poder lhes esquecer!...

Roseleide Santana de Farias - 14/03/2012-

( Dedicado ao Dia Nacional da Poesia, Dia do Vendedor de Livros, 

Dia dos Animais )

Poema à um amor perdido


Já se vão tão distantes o nosso beijo e o abraço,
Que selaram esta tão grande e eterna amizade.
Duas almas gêmeas, as tantas belas afinidades:
Sentimentos, convicções, fé e posturas na vida,
Parecíamos estar isentos de qualquer maldade.

E nos primórdios dias de 1982, sorrimos juntos.
Os nossos corações ansiosos se encontraram.
Lindas cartas, cartões, carinhos, mimos trocados 
Através das terras distantes por onde passavas
Belos países, os longínquos continentes e mares

Era uma bela manhã radiante de sol, brisa, mar
Quando enfim tu vieste ver-me, à me encontrar.
O meu mundo alegrou-se ao te ver chegar, com
Braço dado à boa, querida, amável tia Palmira,
No meu lar materno que tão gentil me abrigava

Na minha “Formosa” praia em Cabedelo, na tua
Bela “Baía Formosa”, o luar nos trazia Paz, Luz
E “Beleza”, iluminando nosso caminho a trilhar.
As estrelas cintilavam na magia do encontro das
Almas sinceras e amorosas, carinhosas e ternas.

Um entardecer nos acolhia na branca areia macia
Deste meu lindo lugar. E na minha praia bonita, 
O sabor do vento úmido pelas gotículas do mar,
Ao esvoaçar meus cabelos o vento trazia vozes de
Crianças a me chamar, por entre ondas a brincar.

Tu enternecido sorrias, fraterno me olhavas, ao ouvir 
As crianças a gritar. Doces vozes se confundiam 
Ao bramido das ondas e os sussurros do mar!
E assim, sem ficarmos sós, meus alunos ali estavam, 
Os ecos diziam: "Professora, perto de mim deves ficar”.

“Vem para perto de mim, diziam as vozes assim”.
Como em suaves lamentos anteviam o meu sofrer.
Belas ondas quebrando na morna areia à morrer
Pareciam me dizer: “Sua alegria acaba tal triste
Marulhar das vagas, as brumas perdidas no mar”

Era uma noite mágica em nossa Baía Formosa.
Os violões, seu e do primo Waldir, a soarem belas,
Mágicas notas musicais, melodias alegres, de Paz!
Estávamos tão felizes! Tudo tão lindo, encantado!
Eu cantei “La Bohème” e outras canções de amor.

Mas, a vida tem seus mistérios que não sei explicar!
Ela chega com a força das águas da correnteza dos rios
E tristemente se vai para as profundezas do mar.
Muda os percursos planejados ao amor e a felicidade!
“E o riso transformou-se em pranto, tristeza demais"!..

As doces e saudosas lembranças me chegam, 
Junto a gratidão pelo carinho recebido.
Mas, chega também a dor por ter que seguir o caminho
Mais sofrido, a dolorosa sensação ao te perder. 
Me entristeci ao ver o belo sonho virar espumas ao vento

Assim tudo se perdeu nas brumas escuras
Das águas muito turbulentas e inexplicáveis.
Senti o amor perdido, tão cedo esquecido, trocado 
Por um amor mais recente que te atraiu, te recebeu,
No Rio distante com o Cristo de braços abertos.

Quase trinta anos se passaram em nosso viver
Seguimos por caminhos diversos, tão opostos.
As imagens me chegam de mansinho feito um filme. Vejo-me contigo, pés descalços, pela praia a caminhar.
Gaivotas a gritar, dunas de areia, céu azul, o belo mar.

E hoje, lamento e choro por tão belo amor perdido
Sofrendo mais uma vez por você ter me esquecido.
Já não viajas nos mares e os continentes distantes, 
Mas pelos céus, a te confundir com as estrelas brilhantes. Lá nas paisagens celestes, tendo a lua como amante.

Te amei e te senti nas cartas fraternas cheias de luz
Os nossos corações sofridos, guiados pela Fé que nos conduz.
A Fé que aquece as almas, nos dá a ética, os bons sentimentos.
Te admirei pelo teu “eu” contido nas fibras do teu nobre 
E terno coração. Muito te amei e te quis! Mas, tudo mudou!...

Que nas paragens longínquas do celeste céu
Jesus e Maria te possam ajudar.
Estrangeiro na terra, tu fostes marujo no mar.
Agora viajante das estrelas, anjos, guias e mestres, 
Iluminem o teu, o meu caminho, que precisemos ainda trilhar!

Pois esta vida não termina pela passagem da morte. 
E se a vida aqui é breve, lá nós teremos mais sorte. 
O “Tempo” ali é bem maior. Quem sabe meu querido, 
Um dia tenhamos o merecimento de sob a luz das belas
Estrelas e os lindos raios do luar, nos reencontrar!...

BY: Roseleide Santana de Farias
novembro de 2011 (dois meses depois de sua morte física)

Porque é Natal


Porque é Natal, eu Te vislumbro ao longe, Senhora Nossa!..
Vejo-te, sinto-te perto de mim e inspiro o teu suave perfume.
São incensos, mirras, jasmins, rosas, tantas delicadas flores.
Os lírios, as angélicas que nascem, e eis a lembrar-me de Ti!

Maria, tão jovem ainda, boa menina, meiga, casta, tão linda
Já a sentir as cruéis angústias do medo e as dores do parto.
Medo das terríveis discriminações, perseguições, solidão, o
Temor do abandono, o doloroso suplício e a terrível morte!

Maria pura, inocente, temente e obediente ao Senhor, sabias
Que só o amor constrói e é caminho da verdadeira felicidade.
Maria, bela estrela cadente, luzente, fulgente, bendita do céu
Oh minha Santa Mãe, és brisa que afaga, minha Estrela Guia

Porque é Natal, te louvo! Amo-te, te adoro, te chamo, te sinto
Mas, não só por ser festa! Também se a tristeza me invade e
Quer tomar a minha mente, o meu corpo, como um tênue véu.
E te busco entre as estrelas, rezando o mantra do santo terço.

Porque é Natal, corações felizes e fervorosos te aclamam, tão
Confiantes em teu sublime amor de mãe que nos faz florescer 
Em esperança, oh bendita! Oh compadecida e misericordiosa!
Que ilumina, nos ampara nos caminhos que precisemos trilhar.

Porque é Natal, Glória à Deus nas alturas! E louvemos à Jesus,
O Salvador, filho de Maria o anjo mulher. Jesus, Maria e José, á
Servir ao Pai Celeste, à cumprir profecias, nos trazer redenção.
Bendito o Fruto da Eterna Paz que a humanidade busca e quer!


autoria: Roseleide Santana de Farias
19/12/2011

(Dedicado a Capela Nossa senhora do Bom Sucesso, em Lucena/PB)


Sobre o ermo ensolarado, abandonado e triste,
Eis que o tempo deixou as suas marcas, feridas
Dolorosas, aguçadas pelos ventos errantes e as
Mariolas das ondas, a soprar e a gritar contra o
Esquecimento, a ingratidão humana, a fragilizar
Tão doces lembranças.Tempos aquecidos na Fé
Que removeria os calcários, medos e violências,
As desesperanças, tristezas, pedras, montanhas.

Ah!... Mas é muito ingrato o coração humano!...
A capela solitária, em máscara de dor, vê passar 
O tempo, vidas e gerações, os interesses outros 
Nas almas frias e distantes. Olhar ferido sente o
Encanto ao ver o sol que nasce, aquece, fugindo
Para o poente. Vida se renova na chuva que cai,
Mas lhe corrói o corpo sofrido! Falam do Divino
Amor, Esferas distantes invisíveis ao seu olhar.

Passa-se o tempo e tu, pequeno templo, tens teu
Olhar perdido, distante, na saudade por aqueles 
Que já se foram, deixando-te abandonado, triste.
Heroico, resistes na tua missão sublime. E rogas
À Senhora do Bom Sucesso às suplicas do povo
Ouvir, ali distribuir Suas bênçãos aos filhos seus
Que sofrem desvalidos em meio ao mato, ao sol,
Uivos do vento, olhar da lua, os bramidos do mar

Mas, eis que a mão soberana de Deus aqui chega,
Apresenta-se em forma de Vida, Luz, Compaixão.
E o Templo, símbolo da religiosidade já esquecida
Recebe os tenros verdes ramos, que humildes, ali
Nascem e crescem aos seus pés, tentando dar-lhe
Vida em comunhão! Eis a simbiose perfeita, entre
“A árvore e o sagrado.” As muralhas do templo e
Os ramos sombreiros se abraçam fraternalmente!


Autoria: Roseleide S. de Farias

Á uma imagem distante


Lá muito longe se erguiam,
quais fantasmas a esvoaçar,
dois em um só se uniam
os belos coqueiros junto ao mar.

Apontavam para o céu
as suas folhas a balançar,
seus corpos tão separados,
mas se abraçavam no ar.

Assim é o corpo e o espírito
tão presos aos laços terrenos
que nos torna tão pequenos,
esquecendo bem depressa
para onde iremos voltar!

Apesar de estarmos na Terra
é importante deixar
que a nossa alma busque
as riquezas mais profundas
do nosso celeste Lar.

Sei que novamente partistes,
talvez para mais longe de mim...
Mas, sei que o tempo é infinito
e tem mistérios, surpresas sem fim!

-Roseleide Farias- Dezembro/ 2011

Nostalgia


Nostalgia, os pensamentos tristes e um sentir amargo 
Sentimentos dolorosos a invadir meu peito e o coração
Lembranças, saudades dos ternos e doces momentos
Que são levados de nós assolados pela força dos ventos
E deixam marcas profundas no trajeto de nossas vidas
Dos meus amores perdidos neste túnel do tempo!...

Coração sofrido não chores tanto assim
Pois a tristeza amarga a vida da gente
Latejas no peito, reclamas descontente 
Mas, cala-te querido, o sofrer te redime
Não chames por quem está longe de ti!

Ah!... Coração! Sei que dói, são tantas as saudades!
Esta dor que esmaga o peito, nos faz chorar, vacilar
Tropeças nas pedras e perdas que a vida nos traz, e
Fraquezas, murmúrios, prantos, vinganças, revoltas,
Sabemos que o Bem não nos faz. Ama, esquece, vai
E perdoa, pois o viver é rico e tem promessas à dar!

Coração sofrido não chores tanto assim
Pois a tristeza amarga a vida da gente.
Latejas no peito, reclamas descontente
Mas, cala-te querido, o sofrer te redime
Não chames por quem está longe de ti! 

Maior do que nós, foi o Mestre Cristo Jesus,
Que ao falar de Eternidade, foi morto na Cruz
ELE nos mostrou o Caminho por onde andar
Misericórdia, Perdão e Justiça por onde passar
Misericórdia Senhor, tem pena de todos nós,
Frutos do Teu maravilhoso e imenso amor 
Mas que aqui necessitamos tanto de amar!...


Autoria: Roseleide Santana de Farias

( texto poético escrito março de 2012 )

Texto " Carnaval e Paz "publicado pela 39ª Ciranda poética da CAPPAZ em Fev/2012.



Lindo pássaro vejo voar ao longe no céu azul cabedelense!
Absorto, as asas abertas, terno, tem um olhar complacente.
Ele plana e observa a terra dos homens, a sua inquietude, a
Luta humana, o sofrer, a busca, sonhos, o choro plangente!

No percurso da vida terrena, eis que buscamos a felicidade,
A alegria, o prazer, o conforto, reconhecimentos, amizades.
E através dos meios sem fim, seguimos inúmeras trilhas, nas
Quais nos perdemos por não buscarmos esquecer as mágoas.

A alegria e o prazer em nossa vida podem vir de “n“ formas:
Saudável, perene e irradiante, para quem utiliza a sabedoria
E os sentimentos no Bem. Outros, fascinados pelo efêmero, 
Caem nos abismos profundos, no vazio que ofusca a mente.

Se buscarmos a história humana em quaisquer áreas sociais,
Eis o seu trajeto cheio de quedas na busca pela tal felicidade,
O prazer. Há tristeza, horror, sacrifícios para todas as idades,
Emanados pelo sentimento do poder, egoísmo, perversidade.

Discriminação, injustiças, abusos, ambições, fanatismos, têm
Trazido sombras, dores dilacerantes a alma humana. E assim
Resultando em extinções, destruição no Planeta Terra. Atos
De almas escravas do vício, dinheiro, luxo, medos, maldades.

Eis que soam as alegres trombetas dos arautos da alegria!..
É a Festa do Carnaval que chega com a sua história nefasta
No passado distante e atual, possíveis felicidades e também
Acidentes, tumultos, mortes, desordens, prejuízos, excessos.

Mas, assim sempre foi, por enquanto será, na caminhada do
Homem sobre a Terra. As ações construtivas e evolutivas, o
Bem, o mal, o choro, a alegria, semear, colher, amar e odiar.
Por que não buscar a harmonia, a ternura, a alegria de amar?

Que o Carnaval hoje nos traga também a serenidade, oportuno
Feriado, momentos de lazer, alegria, descanso e curtição com a
Família, amigos, o cheiro de mar, um sol brilhante e a bela noite
Com o som das marchinhas, os frevos carnavalescos, paz, amor.

São tantas formas de sermos felizes e usufruirmos das bênçãos 
Maravilhosas do céu. A beleza espargindo o colorido com tantas
Nuances e formas. O dinheiro é um excelente instrumento, se for
Utilizado para o Bem. Sinta a beleza do riso, o perfume da flor!

O Homem cria o seu próprio ambiente, o seu espelho, onde quer
Que ele esteja. A bondade, o bem, o canto, a música, o riso, têm
A linguagem universal, supera as adversidades diante da Luz de
Um espírito fraterno. Que chegue a alegria e exale a felicidade!

Que os ritmos acendam na alma a chama da alegria e da amizade
O céu se alegra ao ver o povo feliz, se abraçar sorrindo, se amar,
Cantar, dançar. Esquecer por três dias os males da vida atual, as 
Carências de amor e de justiça social, a paz, harmonia, felicidades!

autoria: Roseleide Santana de Farias - 17/02/2012

Tema da 38ª Ciranda de Pedra da CAPPAZ “ O Poder da Palavra de Fé "


Os sinos ouço tocar na distante igrejinha...
Percebo-a branca e bela por sobre a serra
Ostentando Serenidade, Paz e Aconchego.
Detêm os doces mistérios profundos da FÉ
Este suave perfume que acalenta e acalma
Revigora a alma humana, carente e sofrida

Das intempéries danosas que a vida traz. E
Assim busca o homem a felicidade, seja nas

Palavras e atos sábios ou distorcidos, nesses
Amplos caminhos. E ele tropeça, cai e chora,
Lamenta ao perder-se no “MAL”, que tolo,
Ali, imprudente a buscava. Mas, a Esperança
Vem como irmã gêmea da Fé, transpõem os
Rincões, íngremes montanhas e infinitos céus,
Alimentada nas sublimes Promessas Eternas,

De aqui ou mais além sublimarem-se no BEM,
De dentro de si expandirem-se ao mundo nas

Fontes radiosas de Luz do Mestre Jesus, indo
Em atos, palavras de Fé, semear Amor, PAZ!

Roseleide S. de Farias
" O principal objetivo deste blogger, é tentar levar à você a poesia que é sensibilizadora ao coração humano, e nos ajudar a despertar cada vez mais, às belezas e às bênçãos maravilhosas recebidas, sermos gratos ao milagre da vida trazida até nós pelas forças celestiais, visíveis ou invisíveis ao nosso olhar, e buscarmos estar em comunhão com Deus, através de tudo e com todos deste universo infindo." - Roseleide S. de Farias

Á GAIVOTA E AO CONDOR



A manhã veio iluminada por um sol radiante, e branca
Gaivota voa alegremente sobre o mar, a expandir sua
Alegria, fé, carinho, fantasia, esperança e terno amor.
Invade-lhe o peito a serenidade de estar no ar, assim
Voando. Plana, mergulha nas ondas, os gritos alegres
Olhar arguto, ansioso, apaixonado! Sua alma amorosa
Teima em encontrar o amor pleno e ultrapasse limites
Além do infinito céu, continentes e o grandioso mar!...

Entre nuvens brancas, surge belo, magestoso condor!
Audaz, veloz, cuidadoso, paciente, poderoso, tão terno
Oscila tão leve, tranquilo, imponente, belo, no céu azul.

Com as grandes asas abertas o magnífico quer mostrar
O universo infindo, a promessa eterna, vida plena, que
Nas mãos preciosas de Deus a gaivota há de encontrar
Dádiva preciosa que busca, além do céu, do mar! E diz:
O amor é o caminho mais curto para a felicidade achar!
Distribua as bênçãos vindas dos céus, da terra, do mar!

Roseleide S. de Farias
–10/02/2011-

Um soneto à Natureza


Bendita seja a arte expressada através das tuas santas mãos!
Benditos sejam estes teus lábios que transmitem um coração
Embevecido no amor, ternura em poemas, canções e orações
Elevando nossa alma ao belo e a vivermos como bons irmãos.

Não deveria os humanos agirem com tais sentimentos toscos
Pois se eles nos destroem, nos aniquilam, também aos outros
Ferindo cruelmente a mãe natureza, tão encantadora e afável
Rica, produtiva, maravilhosa e acolhedora. Mas, é tão temível!

Todo o universo clama por perfeita harmonia, a alegria, o amor
Equilíbrio e respeito, a paz entre todo ser humano desta Terra,
Cooperação mútua na diversidade dos demais seres viventes!

Busquemos os frutos da vida, o perfume, a doce beleza da flor
Absorvamos essa luz, energia divina que em todos se encerra,
Invade, aquece na dor, os corações que de amor são carentes.

- Roseleide Farias -
-12/ 2010-

Luar em Festa de São João


É noite de luar... cintilam estrelas no céu
E a brisa do mar refresca a nossa mente
Elas fazem apêlos pra alma, doce alegria
Nos Incendeia, e toma conta da gente!...

Este rítmo quente, a balançar meu corpo
Me esvoaça os cabelos, alegra o coração
Música é sol que me aquece, é o arco-íris
Que surge, em imenso, fulgurante clarão

Oh! vem querido, vem aquí comigo dançar
Ao redor da fogueira, eu quero te abraçar
Aquí, nesta praia ou outro lugar, nós, bem
Juntinhos, acender a paixão, nesta bela e
Enluarada noite das festas de São João!...

Roseleide S. de Farias 
-Maio de 2002-