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sábado, 30 de junho de 2012

CONTEMPLAÇÃO


O meu céu está nublado, cor de chumbo
E o sol antes brilhante, se foi tão fugidio
Vejo as nuvens fechadas, nimbos no ar,
Grandes promessas de chuvas a caírem

Sob o céu as nuvens passam tão ligeiras
Levadas pelos fortes ventos como açoite
Para mitigar a sede daqueles que sofrem
Rogo-lhes vão aos sertões, mais ao norte

As palmas dos coqueirais e as plantações
Gente, animais, são todos nossos irmãos,
Que agradecem refrescados pelos ventos
E mansas ou fortes chuvas quando caem

As nuvens, os ventos e as chuvas, descem
E elas em festas, caem como densos véus.
Me encantam, me assustam, sons, trovões
Os relâmpagos clareiam as águas dos céus

Enternecem-me os vermelhos telhados, que
Abrigam almas, famílias, crianças e sonhos
Procuram o conforto, a segurança dos lares
Fugindo ao frio, o medo e o cruel abandono

O sibilar dos ventos balançando as árvores,
Os meus cabelos, jardins, quintais, pomares
Os belos coqueiros, as árvores, minha terra
Banhados pelas chuvas, os rios e os mares.

Os passarinhos se aconchegando nos ninhos
Raros são os seus voos ou o seu belo cantar
Nos sertões, seres viventes rogam por chuva
E os benefícios, as bênçãos que a chuva traz

Seria o fim da dor, da fome, seca, desolação
Se alguns sofrem por ter chuvas em demasia
Ao sertanejo sofrido, é vida plena, renovação
Para o camponês é fartura, satisfação, alegria

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Roseleide S. de Farias

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